Hoje foi um dia de grandes distâncias, e mais de 7 horas de voo
novamente. Saí sem tomar café da manhã
do hotel IBIS de Macapa para ganhar alguns minutos. Tinha um pouco de receio do
superdesenvolvimento das nuvens na região Amazônica, que é uma das mais umidas
do planeta. Já havia observado a
meteorologia no dia anterior, e pela foto de satellite vi os enormes CBs
formados no periodo da tarde. Na região
do equador a meteorologia é um pouco diferente do que estamos acostumados nas
latitudes mais altas, mas Amazonia para mim = umidade = superdesenvolvimento.
Decolando do Macapá International Airport
No aeroporto de Macapa paguei a taxa de pouso e permanência de aeronave estrangeira,
aproximadamente USD150, a mais cara de toda viagem, continuamos no jargão “Brasil
o país dos impostos”, em Caiena e Fort de France paguei 7 euros, nas Bahamas/
Porto Rico, zero… Esqueci de mencionar
que a AVGAS custa USD2,50 por litro !!!!!
Mas a gasolina vem de caminhão tanque de Belém (Pará) leva 2 dias de
Balsa, e mesmo a gasolina de aviação como chega e Belém… ???
Rio Amazonas, após decolar de Macapá
Em Macapá me despedi do prefix N821RV agora na metamorfose de
marcas o RV7 tem o prefix PT-ZTO, e com isso facilita tudo dentro do
Brasil. Com autorização de voo em mãos,
os trâmites no aeroporto foram rápidos e antes das 08:00 decolei rumo sul.
A Fortaleza S José , ano 1750
O voo teve um visual privilegiado novamente, inicialmente passei
baixo pela Fortaleza São José construída
as margens do Rio Amazonas, cerca de 1750 pelos Portugueses, é a atração
turística mais bacana de Macapá. Está em
boas condições restaurada alguns anos atrás, nunca foi atacada por piratas
franceses ou ingleses. Antes de cruzar o
rio Amazonas voei alguns minutos na costa para ganhar altura, pois o rio é
muito largo.
Rio Amazonas
Voei na proa de Tucuruí, avistando uma das grandes hidrelétricas
do Brasil, infelizmente notei a floresta bem devastada na aproximação para a
cidade. Além de avistar o bonito rio
Tocantins a rota me levou por cima da Ilha do Bananal, que segundo a escolha de
primeiro grau lembro de ter aprendido que era a maior ilha fluvial do Brasil, e
por isso lembrei do nome. Fiz algumas
curvas em cima da ilha para tentar algumas fotos interessantes.
Represa de Tucuruí
Ilha do Bananal
Com o vento de frente minha media de velocidades diminui um pouco,
e resolve tentar pousar em algum local antes do meu destino, Paraiso de Goiás,
resolve apelar pelo ótimo metodo “frequencia livre”, um piloto me informou que
na pista de Araguaia não havia gasoline, mas em Redenção, SNDC, havia
gasolina.
Ja na aproximação para o aerodromo vi chuva na minha frente, uma nuvem
resolveu descarregar. No taxi estava
para entrar no terminal construido pelo Estado (possivelmente) quando alguém
acenou para eu continuar em frente, continuei no “puxadinho” do aeroporto, que
tinha vários hangars já debaixo de chuva.
O pessoal indicou para eu entrar no grande hangar (aberto) com o avião
no taxi. Ou seja nem chuva eu tomei !!!!
Só depois de ver a fisionomia das pessoas que percebi que ainda
estava na região Norte no sul do estado do Pará. Vi alguns índios ao lado dos aviões, junto
com uma enfermeira da agencia federal de saude indigena, ela ia levar pai e
filho para o posto de saúde. Meio
encabulado perguntei a etnia deles, Caiapós e ainda bati foto, me senti o
turista branco dos filmes de cinema !
Índios Caiapós em Redenção (Sul do Pará)
Impressionou o movimento de aeronaves nesta localidade, o tempo
todo chegava e saia algum avião além de 2 helicopteros pequenos, bimotores
grandes, cesnas novos. Região não é
Agricola, o que move a economia é principalmente o gado, sem duvida com as
enormes distâncias o avião é o meio de transporte importante para os
empresários locais.