segunda-feira, 28 de maio de 2012

RV7 Final Fase 1

Como nada de fantástico ocorreu nestes dias, resolvi apelar para a antiga técnica do falecido "fotoblog" . Hoje em dia quase ninguém lê o que escrevemos, uma linguagem mais visual pode servir de inspiração para todos.

Painel do RV tem tudo que um anv VFR precisa, um EFIS TruTrack, que nada mais é que um horizonte artificial com algumas informações adicionais, nada de realidade virtual como os painéis mais avançados.  Os instrumentos analógicos como backup, gosto muito deles, pois aprendi a voar na era "não digital", então para uma olhada rápida sempre usei eles.  Piloto automático de 1 eixo, que voa tanto na proa que for colocada como ligado ao GPS mais a direita, ajuda bastante !!!


Fui visitar a base de submarinos em Croton (New London) na costa de Connecticut, e foi muito bacana, entrei no tal do submarino nuclear que foi o primeiro a passar por baixo do polo norte, tecnologia interessante.  Aliás nunca mais reclamarei do excesso de chaves e botões, ou mesmo de falta de espaço, Mamamia, os submarinos são muito apertados.


As "poucas" baterias ... do sub..

Outras hélices !!! Estas para água mesmo :)


Abaixo a minha apresentação ao sistema de abastecimento automático de avgas, levei um bom tempo para entender, mas no final tudo deu certo.  Não havia ninguém para perguntar no aeroporto como fazer.. me virei mesmo. Com certeza outra cultura, e sem cartão de crédito, não existe abastecimento, simples assim !!!

O painel completo do RV7, VFR razoável, como eles chamam por lá.  Quem sabe ainda ganhará mais alguns gadgets.  Mas a idéia é descomplicar, e não aumentar o peso $$$ do avião, pois o limite da quantidade de equipamento é o céu.  Tem gente que coloca no RV um painel igual a de um Airbus, sendo essa a curtição do proprietário.  Eu gosto é de usar o avião como um meio de transporte rápido e divertido.  Muito pensamento se vale a pena por ele IFR...

A criatura
Pista de planadores do Tom Knauff na Pensilvânia
Por do Sol nas montanhas Apalaches (NE EUA)
Aprendendo a operar o motor da maneira mais economica possível, função LOP (Lean On Peak) do motor, que consiste em ir na maior temperatura do EGT (temperatura de exaustão) e depois empobrecer até que o cilindro mais quente tenha o EGT com 50 graus mais baixo que o máximo, aqui dá para ver que o mais quente estava apenas -13 ou um pouco quente ainda.  A regulagem tem que ser feita aos poucos.

Indo para o Atlântico, depois da Pensilvânia, ao fundo a cidade de NY !!!! 

Existe a possibilidade de voar no "Hudson" corridor, que é um dos poucos corredores visuais dos EUA, entre a ilha de Manhattan, e o continente, é uma região com altíssima densidade de aviões, e mesmo depois da tragédia das Torres Gêmeas, continua sendo possível, com uma série de regras, no link uma interessantíssima filmagem de um RV que fez neste mesmo dia o voo. Aqui algumas fotos do voo em volta de NYC

KBDR chegando na costa depois de dar a volta no espaço aéreo classe "B" de NY


Long Island

Base naval de submarinos, New London, para dentro do estuário

Edgar Ville na charmosa ilha Martha's Vineyard, local de veraneio badalado dos americanos.  

Apesar da ilha ter um enorme aeroporto com 2 pistas de asfalto, no sobrevoo achei esta simpática pista.

Katama airfield, tem 3 pistas de grama, todas bem estreitas, mas bem mantidas.  A organização é tanta, que tem o south parking que fica ao lado da praia !!! O pequeno terminal, com o um restaurante, WIFI !!  fica na outra extremidade, e tudo isso sinalizado.

Preparando o voo para entrar na região de Boston, aproveitando panquecas de café da manhã



Eta povo guerreiro, vejam as guerras recentes, já na homenagem da placa !

Construção tipica da Nova Inglaterra

Entrando na região de Boston, um pouco a direita o aeroporto internacional, o circulo azul é classe B, mas se estivesse abaixo de 4000" poderia entrar "por baixo" ou seja a cada círculo o espaço aéreo B tem outros tetos, sistema de bolo de noiva invertido.

Boston ao fundo

Minuteman Airfield (E6B) a nova casa temporária do RV no meio da cobertura vegetal de Massachusetts, a menor pista da região, com menos de 1000m, apenas aviões pequenos, foi onde consegui hangaragem temporária, e tudo organizado por email.  Se fosse em aeroporto maior, com certeza mais difícil.


Um clássico !!!

Ficou por lá o RV, esperando ser voado para o Brasil, em breve !

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A maquina !


 A MACHINA !!!

Alguns minutos depois estava dirigindo um divertido Fiat 500 branco.  Em vez do Ford Focus convencional, resolvi testar esse mini carro.  Até que andou bem, mas quando peguei um trecho de estrada ruim, bem pequeno é verdade, ele trepidou muito.  Chegando em Windham fui para o aeroporto, onde o David Chapdelaine já me aguardava.  Tempo muito bom, fizemos um vôo de 30min para eu conhecer o avião. 


No dia seguinte, fizemos a inspeção anual do avião, ele como construtor pode assinar os documentos, muito boa a experiência pois conheci vários detalhes do avião, além de verificar como foi a construção “por dentro”.  Construtor extremamente meticuloso, percebi nos detalhes a habilidade e insistência de trabalhar no padrão aeronáutico

Florida no RV6



Fui para Florida, mais precisamente Okeechobee, encontrar o Jan Bussel, com ele aprendi a voar o avião.  

O RV6 e o sucessor RV7  tem características próprias, bem veloz é questão de treinar um pouco.  Como estou há alguns anos sem voar avião a motor, foi bom fazer o curso de 2 dias com ele.  Voamos mais de 3h, com muitos pousos tanto no aeroporto de Okee (ex base militar), como na sofrível pista de grama do Airpark (condomínio) que ele mora.  Aliás que condomínio diferente, casas meio largadas, pista bem precária, mas para o meu treinamento foi ótimo.  Não precisei usar o sábado para voar, na própria sexta feira ele me deu “alta”, e não tive dúvida peguei minha bagagem e me mandei de Okee, que não tem nada para fazer, acho que é dominado pela quarta idade que mora na Florida. 

Pista de grama do Fly Park, existem centenas na Florida !!! e nos EUA  


No restaurante do aeroporto 



Em Fort Lauderdale fui visitar a Banyan, uma Pilot Shop no aeroporto que é a Disney dos pilotos.  Comprei alguns poucos apetrechos, pois no RV a limitação de bagagem é grande. 

Um congestionamento de ficar parado na estrada, as 6 pistas da I95 paradas... Depois de 15min parado, consegui sair dela e fui por dentro para o aeroporto.  Aeroporto super confortável, peguei o Jet Blue de West Palm Beach para Hartford-Springfield Int’l capital do estado de Connecticut . Chegamos ½ hora adiantados, vento de cauda a bordo do confortável Embraer 190.  Enquanto esperava a mala, reservei um carro.  



Esse é o RV6 que aguentou meus primeiros pousos

Em Fort Lauderdale fui visitar a Banyan, uma Pilot Shop no aeroporto que é a Disney dos pilotos.  Comprei alguns poucos apetrechos, pois no RV a limitação de bagagem é grande. 

Um congestionamento de ficar parado na estrada, as 6 pistas da I95 paradas... Depois de 15min parado, consegui sair dela e fui por dentro para o aeroporto.  Aeroporto super confortável, peguei o Jet Blue de West Palm Beach para Hartford-Springfield Int’l capital do estado de Connecticut . Chegamos ½ hora adiantados, vento de cauda a bordo do confortável Embraer 190.  Enquanto esperava a mala, reservei um carro.  

Winglets to Embraer 190, decolando de West Palm Beach, olha o visual


Porque um RV7


Há dois anos venho pensando em voltar a ter um meio de locomoção mais rápido, por muito tempo pensei no ultraleve CTLs, da Flight design, de fabricação alemã asa alta, visual fantástico.  Mas depois de procurar por muito tempo, uns 8 meses, vi que os preços estavam alto demais.  Aí surgiu a idéia do RV, linha de aviões metálicos projetado pelo Sr Van das quantas, nome complicado. 

A linha RV é vendida em forma de Kit, mas no Brasil tem um empresa que constrói praticamente em linha seriada, são aviões populares pois são velozes, econômicos.  Optei pela versão um pouco mais “energizada” com motor de 180hp, o avião que tem peso vazio de 550kg tem muita potência em relação ao peso.  Então por vários meses olhei na internet os anúncios até achar o N814RV.   

Conversa vai vem vai vem, na hora que pedi a conta corrente dele para enviar um sinal antes de vir para os EUA.  Ele me respondeu achando que eu era um Nigeriano, e falou you’re a scammer , se vc quiser o avião venha e pague.  Fiquei muito chateado, mas depois por email mesmo, que viu que tinha falado besteira.  E pediu desculpas, por que nos EUA ninguém pede a conta corrente, isso pode ser usado para chantagem... Aqui o pessoal envia cheque pelo correio, cultura diferente mesmo.